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Ata da reunião de 17/08/2018 – Women in Sound: Linda O’Keeffe & Isabel Nogueira (evento Sonora / NuSom)

O evento de hoje reuniu duas musicistas, artistas e pesquisadoras em torno da temática de gênero. Elas estão desenvolvendo um projeto conjunto, financiado pelo British Arts Council e pelo CNPQ. Este projeto pretende desenvolver uma prática artística baseada em processos feministas, bem como criar uma metodologia inovadora para o envolvimento da comunidade com mulheres e meninas.

Linda iniciou o evento falando de sua atividade e experiência, e sobre como esta coincide com a de Isabel Nogueira em alguns pontos, o que possibilita esta conversa conjunta.

Linda trabalha com o som como material, como um elemento artístico e visual. Ela estudou Artes Plásticas e fez a intersecção entre as linguagens. Trabalhou em instalações e trabalhos artísticos envolvendo dança, radio, performance, entre outros, por uns 5 anos. Depois disso fez uma 2ª pós-graduação em comunicação e tecnologia que envolve o som, em Chicago.

Chegou a Chicago em 2008, num momento político bastante instável. A cidade tem um sério problema racial, de preconceito e racismo. Linda não entendia isso naquela época, mas veio a perceber com o tempo. Quis pesquisar esta relação social entre adolescentes, pessoas menos favorecidas economicamente e comunidades e seu trabalho. Estudou metodologias ligadas a este tipo de pesquisa.

Algumas de suas pesquisas envolvem instalações que podem ser visitadas online, em seu website. São experiências virtuais. Ela coloca nestas instalações questões como feminismo, meio-ambiente, desigualdade social, etc. Também pensa nos efeitos que as novas tecnologias têm e terão no ambiente. Ela mostrou algumas instalações que estão funcionando em seu país neste momento.

Uma das preocupações de Linda é a ausência de mulheres no âmbito da educação acadêmica, especialmente no que se refere ao uso de tecnologias.  Ela fala também da dificuldade de conseguir financiamento para os eventos que organiza.

Isabel contou sobre o trabalho que vem desenvolvendo na universidade em que leciona, em Porto Alegre (UFRGS), junto a grupos, estudantes e profissionais, sobre corpo e música relacionados a gênero. Ela está trabalhando com o grupo coordenado, entre outros (as), por Marilia Velardi. Coordena o Simpósio Temático relacionado a pesquisas de gênero no Congresso da ANPPOM em 2018, entre muitas outras atividades.

Isabel convidou Linda para trabalhar consigo alguns anos atrás. Atualmente elas têm um projeto para construir instrumentos e ensinar tecnologia para mulheres. Elas trabalham bastante com soundwalkings. A ideia é mostrar às mulheres que elas podem lidar com tecnologias diversas na música e na arte.

Soundwalkings

Linda diz que a escuta difere de acordo com o gênero. Mulheres são silenciosas, tímidas, não aprendem a ser barulhentas. Elas percebem o mundo como ruidoso demais às vezes, acham que homens são barulhentos, perturbadores. Nas caminhadas sonoras, mulheres são convidadas a usar a escuta como primeira fonte sensorial, captando sons e pensando sobre eles e o que representam no espaço.

Existem métodos para realizar um soundwalking. Podem envolver gravações de histórias sobre os lugares em que passam, etc.

“Decisões sobre o lugar, estilo, conteúdo e montagem do som numa caminhada sonora tem consequências políticas, sociais e ecológicas. Estas caminhadas acontecem em espaços urbanos, rurais, selvagens ou mistos”(slide de Linda O’Keeffe).

A metodologia envolve a percepção sobre a escuta involuntária e a voluntária, seletiva, inclusiva ou excludente que ocorre o tempo todo.

Métodos

Trabalhando com artistas: esta prática possibilita o compartilhamento de habilidades, colaboração entre membros do grupo e a criação de espaços seguros.

Trabalhando em escolas: envolve a criação de modelos em som, tecnologia e música. Desenvolve habilidades em tecnologia e produção sonora, além da interação entre professores (as) e estudantes.

Uma das ferramentas usadas é a caixa com aparelhos e objetos sonoros que Linda e sua equipe enviam às escolas para que façam atividades similares. Chama-se research in a box.

Em relação à montagem da caixa, Linda pergunta às professoras e professores o que querem usar e para que. Pergunta e discute também com alunas e alunos para ver o que funciona e o que não.

Mulheres e tecnologia

Isabel e Linda estão trabalhando juntas, dividindo suas percepções acerca dos avanços, dos medos, da insegurança em relação à tecnologias. Mulheres geralmente têm a sensação de que lhes falta conhecimento neste campo, de que não aprenderam da maneira apropriada, até porque não frequentaram, ou pelo menos não de igual maneira, os mesmos lugares frequentados pelos homens.

Dificuldades em relação à divulgação e adesão ao projeto

Linda disse que uma das dificuldades enfrentadas por ela é envolver professores homens no projeto. Eles agem como se não tivessem que lidar com este tipo de problema, da desigualdade de gênero (além da racial e social).

Linda reforça que meninos precisam saber dividir o espaço com meninas, precisam saber das dificuldades que elas enfrentam, para ter um ambiente mais diverso – incluindo pessoas de cores e níveis econômicos diferentes. Mas ela diz que em UK este diálogo é bem difícil ainda.

Esta é uma das razões porque ela escolheu pesquisar este assunto, para promover mudanças neste espectro.

O evento completo pode ser conferido no link

http://youtu.be/QOhqz3bztZk

 

 

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Encontra 2016

Lista final de participantes – OFICINA “Instrumentos Eletrônicos de Garagem”, com Vanessa De Michelis

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Camila Durães Zerbinatti

Carolina Braga Zanatta

Daniele Santos Dantas

Flora Holderbaum

Gabriela Barbara Rodrigues de Lima

Isabel Porto Nogueira

Jessica Karin Rosen

Leandra Duarte Lambert Soares

Mariana Torres de Carvalho

Monike Raphaela de Souza Santos

Sarah Alencar Alves

Tania Denise da Silva Meyer

Tânia Mello Neiva

Viviane Barbosa de Santana

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Encontra 2016

Debate – Educação Musical sob perspectivas de gênero e feminismos

Debate – Educação Musical sob perspectivas de gênero e feminismos

26/11, sab, 14h-18h, Sala de Debates do CCSP.

Com as educadoras, artistas e pesquisadoras Eliana Monteiro da Silva (mediadora), Barbara Biscaro, Camila Zerbinatti, Isabel Nogueira e Vanessa Rodrigues.

 

Onde [não] estão as mulheres na música? Por que se observa uma maior quantidade de homens do que de mulheres atuando profissionalmente com música? Quais os caminhos para ampliar a participação e visibilidade das mulheres na música? Em que medida essas questões se relacionam com o campo da educação musical? Quais são as possíveis causas, problemas e desafios a serem enfrentados tanto no âmbito do ensino formal de música (do ensino infantil ao ensino superior), quanto em cursos livres, oficinas, festivais etc. Este debate pretende discutir questões como estas, buscando mapear o cenário atual e propor alternativas que possam contribuir positivamente para sua transformação, com ideias inovadoras, imaginativas, pensantes e desafiadoras.

 

O debate será dividido em dois blocos, com intervalo de 30 minutos:

 

Bloco I – Experiências e mapeamento dos problemas

Formato de mesa de debates com as convidadas. As perguntas abaixo foram encaminhadas previamente às debatedoras:

  1. Quais experiências educacionais ou não-educacionais moldaram o seu envolvimento com a música e as artes? Conte um pouco de como sua trajetória a levou a escolher essa área de atuação, levantando as experiências positivas e negativas.
  2. Por que, ainda hoje, mesmo com a visível expansão no Brasil dos diversos tipos de ações e instâncias de formação musical, as mulheres e meninas ainda são minoria em diversos cursos de graduação e pós-graduação, grupos e projetos voltados para a  música? Esse cenário apresenta diferenças nos contextos das chamadas músicas ‘eruditas’ e ‘populares’?
  3. Como o sistema educacional atual reforça e mantém um ambiente cultural que atribui às mulheres um papel restrito na sociedade? Comente como se dá a participação do Estado, das instituições de ensino, da religião e de outras instituições para a regulação desse papel.
  4. Em que medida a ausência de modelos ou referências de mulheres na música contribui para a manutenção de ambientes predominantemente masculinos?
  5. No campo institucional (universidades; concursos para cargos públicos; concursos e competições artísticas; seleções de projetos para receber fomento), a maior parte dos mecanismos de seleção se coloca como neutro no que diz respeito a questões de gênero. Entretanto, é notável a discrepância na quantidade de homens e mulheres que têm sucesso nesses processos. Para citar alguns exemplos concretos: 1) o número de professores nos cursos de música nas universidades públicas brasileiras é significativamente maior do que o número de professoras (a título de exemplo, nas universidades públicas paulistas, temos: USP   27 homens / 6 mulheres  (22%), UNICAMP   31 / 8  (20%), UNESP  20 / 8  (28%); 2) entre os 46 compositores premiados no último concurso da Bienal da Funarte de Música Clássica figura apenas 1 compositora [3,27%]; 3) numa orquestra como a OSESP, entre os 108 músicos listados, 80 são homens e apenas 28 (35%) são mulheres. Se as portas de entrada para essas posições realmente não fazem distinção de gênero, onde estariam localizados os empecilhos que provocam uma participação feminina numericamente muito inferior à masculina?
  6. A situação recorrente de confrontar um número maior de homens acaba levando as mulheres a adotar uma postura idealista, tendo que se superar e destacar no âmbito do grupo?
  7. Quais iniciativas já existem e que encorajam as meninas e se envolverem com a música?

 

Bloco II – Sugestões, alternativas, ideias inovadoras, imaginativas, pensantes e desafiadoras para a transformação desse panorama

Formato de roda de conversa. As perguntas abaixo serão encaminhadas a todas as pessoas presentes:

  1. Quais os caminhos para ampliar a participação, visibilidade e representatividade das mulheres na música?
  2. O que nós podemos e devemos (ou não) fazer para transformar esse cenário?
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Encontra 2016

Participantes e Chamada de Suplentes – OFICINA “Instrumentos Eletrônicos de garagem”, com Vanessa De Michelis

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Camila Durães Zerbinatti

Carolina Braga Zanatta

Daniele Santos Dantas

Eliana Monteiro da Silva

Isabel Porto Nogueira

Jessica Karin Rosen

Leandra Duarte Lambert Soares

Maíra Mendes Galvão

Mariana Carvalho

Sarah Alencar Alves

Tânia Mello Neiva

Valéria Bonafé

 

As selecionadas devem confirmar a inscrição através do email sonoramulheres@gmail.com, até o dia 19/11, sábado.

Como recebemos 13 inscrições até a data limite, abrimos mais uma vaga: 13 selecionadas sem suplência. Porém, devido à procura que surgiu após o encerramento de inscrições, decidimos abrir NOVAS INSCRIÇÕES PARA SUPLENTES, que devem ser feitas através do email sonoramulheres@gmail.com, até o dia 19/11, sábado, contendo:

  • Nome completo
  • Data de nascimento
  • Telefone
  • Email
  • Endereço completo
  • Raça/etnicidade
  • Identidade de gênero
  • Como ficou sabendo da oficina
  • Experiência artística (500 caracteres com espaço)
  • Porque quer participar da oficina?  (500 caracteres com espaço)
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Encontra 2016

Espaço Aberto (bloco 2) – Inflexos Transcorpo (Paloma Klisys e Marilia Vasconcellos)

Burka In Trans

Paloma Klisys e Marilia Vasconcellos

 

Burka In Trans é um processo criativo, um “experimento social performático” que culminou na composição de uma peça áudio-visual, composta de fragmentos gravados na vivência de uma semana de uso cotidiano da Burka na cidade de São Paulo. O projeto foi selecionado para a 9º In Sonora: Muestra de Arte Sonoro e Interactivo, em Madrid. O áudio foi apresentado no festival, nos dias 4,5 e 6 de Março de 2016 na Casa Encendida, Madrid- ES. Este processo criativo teve como inspirações:atuar nas esferas de sensibilidade, intervir na estrutura perceptual do outro,operar contra a adaptação perceptual do cotidiano,cartografar subjetividades mesmo que modestamente,contribuir para ações que carreguem em si o potencial de avançarmos nos processos de descolonização do imaginário.

 

bkencontra

 

Inflexos Transcorpo (Paloma Klisys e Marilia Vasconcellos)

Inflexo – o contrário do reflexo – o reflexo ao contrário.

Transcorpo- um corpo que transpõe barreiras normativas e se transforma constantemente. corpo exposto as conexões do “fora”.

Processo criativo e de pesquisa transdisciplinar de co-autoria entre a fotógrafa Marilia Vasconcellos e a escritora Paloma Klisys. Inflexos Transcorpo propõe ações que caminham no sentido de provocar a desconstrução do “corpo colonizado” e da corporalidade rotineira. A exploração das transconexões entre arte e filosofia, cria um campo de experimentações com diversas linguagens artísticas (fotografia, arte sonora, poesia, artes visuais, artes plásticas), a partir de derivas e intervenções abertas a participação de público aleatório.

  • http://www.inflexostranscorpo.com.br

     

    burkaencontra

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Encontra 2016

Espaço Aberto (bloco 2) – Ghost notes & Gruta

Tédio horizonte da rotina

Ghost notes & Gruta

 

“Tédio Horizonte da Rotina” é um projeto audiovisual de um filme que se constrói durante a performance.

A montagem que acontece em tempo real se dá através da manipulação de fotografias retroprojetadas, numa investigação aos princípios de teoria da montagem cinematográfica, como era feito com a moviola.

A mise em scène rompe com os limites conceituais das quatro paredes cinematográficas quando a extra diegese também pode ser entendida como parte do quadro, assim como a narrativa em voz off também pode ser entendida como voz over. Essa estrutura, aliada a voz que aparece e desaparece, tensiona esses limites de percepção do que se vê durante a criação e desenvolvimento da performance.

Tendo como base a cidade de Belo Horizonte, Ghost Notes (Jiulian Regine), expõe fotos tiradas dos mesmos lugares sob pontos de vistas praticamente iguais, retratando assim a rotina massiva dos trechos que percorreu durante o período de 5 meses. Desloca o ponto de vista habitual trazendo a cidade como observadora de seus habitantes, numa narrativa incansável sob as quinas inóspitas largadas nas madrugadas metropolitanas. Uma crítica a estética do abandono civilizatório e aos abusos psicológicos que a rotina nos causa.

A trilha que também é construída ao vivo é composta por Gruta (Anelena Toku) que utiliza um sintetizador e pedais de efeito para gerar camadas de som e ruídos que interpretam essa narrativa.

 

Ghost Notes [Jiulian Regine]

jiulian

É um projeto audiovisual de Jiulian Regine, que investiga através da imagem, estática ou não, a inquietação política do seu ser. Como viver na contemporaneidade sem sofrer os abusos sociais impregnados pelas construções civilizatórias? Esse descontento é a premissa de suas pesquisas poético-afetivas que tanto quanto a vida, habita a incoerência dos fatos para dar forma ao que se vê, pensa, fala e recorda em seus temas.

Jiulian Regine é baterista, estudante de fotografia, cinema, butô e co-fundadora do selo Hérnia de Discos. Atualmente toca nas bandas Post, Sara Não Tem Nome e La Burca.
Com 26 anos tem discos lançados, curta-metragens, video-arte e é performer.

 

Gruta [Anelena Toku]grut

Gruta é Anelena Toku, artista/artesã, vem desenvolvendo uma prática transdisciplinar ligada as artes desde muito cedo. Hoje tem focado sua pesquisa no universo audiovisual, principalmente documental.

Além do trabalho autoral, participa da Companhia Rapadura, coletivo de fotografia analógica que realiza exposições e publicações desde 2012.

Desde 2012, com o projeto Gruta, vem realizando gravações em estilo faça você mesmx com ruídos, camadas de vozes e outros instrumentos. Em 2015, formou o Fronte Violeta, duo de música experimental com Carla Boregas. As apresentações do Fronte Violeta envolvem experiências sonoras com beats eletrônicos somados a texturas criadas a partir de sintetizadores analógicos, digitais, osciladores caseiros, vozes, gravações de campo e loops. Ainda em 2015, lançaram o primeiro trabalho ‘Travessias’ em fita cassete pela Dama da Noite Discos.

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Encontra 2016

Espaço Aberto (bloco 2) – Gabrielle Haddad

Entrever

Gabrielle Haddad

 

Entrever, seria uma proposta de sugerir um olhar entreaberto, um ouvir por entre frestas, imagens sutis e sonoridades enigmáticas, que aos poucos vão se revelando. Com a intenção de causar uma reação imersiva, intimista, em que a sobreposição dos sons perpassa feito um mantra que vai se repetindo lentamente. As declamações são textos próprios, poéticos, como se adentrassem na mente da artista. Uma sensação onirica, de sonhos fragmentados.

A apresentação em si se trata de uma instalação sonora que engloba poesia declamada, sons sobrepostos, e um vídeo, que ficará rolando por de trás (parede branca ou tecido). Contudo as criações de áudio foram gravadas e manipuladas com o auxílio de recursos digitais (programas de computador e aplicativos de celular), que puderam captar ruídos: de pessoas, animais, objetos cotidianos, paisagens urbanas e campestres, instrumentos musicais (piano, escaleta, entre outros). Estes materiais sonoros foram justapostos com declamações (palavras faladas em voz alta), experimentações vocais (sussurros, assobios, etc.), incluindo efeitos e filtros de edição eletrônicas até mesmo sonoplastias pré-definidas

O som estará saindo de um laptop (para as caixas de som no espaço), em que as criações sonoras vão se intercalando, posteriormente a artista tocará instrumentos de sopro (escaleta, flauta), e declamará alguns textos, criando efeitos sonoros com a voz. Já o video retrata fotografias em movimento, da autoria da artista também, rolando concomitantemente.

 

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Gabrielle `Agah` Haddad, 26 anos, nascida na capital paulista. Sempre gostou de mesclar palavras e imagens, desde cedo tinha o habito de escrever poesias, diários. Teve contato com instrumentos e teorias musicais, frequentou aulas de piano. Em 2014 formou-se em Artes Visuais, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Desde então, procura interligar as suas criações de forma mais palpável, encontrando na linguagem audiovisual e sonora uma maneira de se expressar, mesmo que sutilmente. Apresentou sua obra como instalação na Fundação Ema Klabin em 2013, e no espaço Ibrasotope de Musica experimental, em 2015 e 16 de forma ao vivo. Recentemente lançou um album próprio online com o selo independente Malware.

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Encontra 2016

Espaço Aberto (bloco 2) – Mariana Carvalho e Sarah Alencar

A pele do golpe 

Mariana Carvalho e Sarah Alencar

O duo existe a partir da urgência de gritarmos enquanto mulheres músicas, criadoras e performers, que transitam entre diversas práticas artísticas. Buscamos unir diferentes referências musicais que nos movem e a partir dessa pesquisa criar composições, improvisações e arranjos.

Permeadas por feminismos, nos debruçamos sobre trabalhos de artistas mulheres como Meredith Monk, Juçara Marçal, Iara Rennó, Iva Bittová, Björk, Nina Simone e Violeta Parra. Também trazemos para este trabalho nossas pesquisas relacionadas a vocalidades contemporâneas, técnicas estendidas e eutonia, que se refletem nas experimentações de linguagens.

Como abertura deste processo que se iniciou há poucos meses, propomos apresentar no Espaço Aberto da Encontra Sonora 2016 uma criação que nasceu de nossas experiências – sentidas na pele – frente aos absurdos vividos em manifestações contra o golpe que estamos vivendo. Este trabalho mescla elementos de canção, já que partimos de um poema autoral para sua criação, e improvisação, experimentando um entre-lugares e experienciando sonoridades.

 

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Pianista, improvisadora e performer, é aluna da graduação em piano na Universidade de São Paulo. Faz parte da rede Sonora, da Orquestra Errante, da Camerata Profana (grupo dedicado à musica de invenção e improvisação), e do Coro Profana (laboratório vocal experimental). Pesquisa eutonia e improvisação livre em iniciacao cientifica pela FAPESP. Estuda eutonia com Miriam Dascal e Daniel Matos, e realizou performances sobre gênero e violência com o núcleo AANGA. Participou tocando piano em algumas peças de teatro do circuito universitário e do Club Noir.

 

                                                                       Sarah Alencar

sarahNascida em Goiânia, Sarah Alencar é graduada em Música – bacharel em composição pela Universidade de São Paulo. Entre 2014 e 2015 atuou como compositora e diretora musical na “Ópera do desaparecimento”, contemplada pelo PROAC 2014. Atualmente integra como cantora, flautista e oficineira o grupo Saracura, atuante em hospitais; como cantora, flautista, violonista e arranjadora o trio Maria Fumaça; participa do grupo de Teatro Arte e Fatos como compositora e diretora musical; do Coro Profana, laboratório de experimentação vocal e corporal; é artista orientadora do

Vocacional Música, atuante no CEU Navegantes; e preparadora vocal e flautista convidada da banda As Bahias e a Cozinha Mineira.

 

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Encontra 2016

Espaço Aberto (bloco 1) – Renata Roman e Natacha Maurer

Dissonantes

Renata Roman e Natacha Maurer

 

Dissonantes é uma série de apresentações de música experimental organizada por Renata Roman e Natacha Maurer. O projeto surge, em dezembro de 2015, como resposta à pergunta “onde estão as mulheres na cena experimental?” provocada pela reduzida presença feminina nos concertos e apresentações de música pelos quais passaram, seja apresentando-se, produzindo ou ainda enquanto público.

Visando modificar esse contexto e ampliar a participação das mulheres nessa cena, a série pretende criar um espaço de visibilidade e troca com apresentações de mulheres e/ou grupos compostos por pelo menos 50% de mulheres. Com periodicidade mensal e realizada em espaços diferentes, conta com duas apresentações por edição.

Renata Roman e Natacha Maurer conversarão com o público sobre a experiência de organizar o Dissonantes a partir da visão das organizadoras. Serão abordadas questões como busca de artistas, de espaços apoiadores (dado que o projeto é itinerante). Conversaremos também sobre a questão do público: nas apresentações do Dissonantes sempre foi observado uma maior homogeneidade de gêneros na plateia. Por que isso acontece no Dissonantes e não em outros eventos? como solucionar isso?

 

natacha-maurerNatacha Maurer

Desde de 2010 é produtora do Ibrasotope, núcleo de música experimental sediado  em São Paulo, com qual desenvolve diversos projetos, entre os quais se destaca o FIME –  Festival Internacional de Música Experimental (2015 / 2016). Integra, ao lado de Marcelo Muniz, a banda-duo “Brechó de Hostilidades Sonoras”, com o qual vem desenvolvendo trabalhos que envolvem concepção de instrumentos experimentação. Tem como interesse principal a pesquisa sobre possibilidades sonoras com instrumentos não convencionais.

 

renata-roman_arquivo-pessoalRenata Roman

Artista sonora. Seu trabalho transita entre música experimental, instalação , rádio arte e gravações de campo. Produtora, junto com Natacha Maurer, da série Dissonantes, voltada ao incentivo e visibilidade de mulheres artistas na cena experimental. Criadora do SP SoundMap (mapa sonoro de São Paulo).

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Encontra 2016

Espaço Aberto (bloco 1) – Sonora Floripa SC

Relato de Processo do Sonora Floripa SC – Ciclo Internacional de Compositoras

Sonora Floripa SC (representada por Camila Durães Zerbinatti, Flora Holderbaum e Tânia Meyer)

 

Neste relato pretendemos compartilhar, a partir de nossas subjetividades, diferenças e semelhanças, um pouco do que foi o processo de mobilização, elaboração, construção e organização do Sonora Floripa SC, compartilhando os saberes e práticas vividos e construídos coletivamente neste processo.

A edição da Sonora em Florianópolis/SC surgiu para dar visibilidade à presença das MULHERES COMPOSITORAS no meio musical catarinense, reconhecendo e mapeando sua produção musical autoral em todas as vertentes musicais existentes no nosso estado. Além das apresentações das compositoras inscritas na Mostra de Palcos, abrimos inscrição também para as intérpretes em SC, por entendermos que as intérpretes são multiplicadoras das composições.

O evento ainda contou com um fórum temático abordando questões relevantes – como educação musical e gênero, acessibilidade às composições de mulheres, reflexões sobre o que já alcançamos em representatividade de mulheres na música em SC – e com uma mostra audiovisual com documentários e videoclipes sobre mulheres criadoras, compositoras e intérpretes em SC. Um ponto muito especial e comovente de nosso evento e do Fórum, foi a apresentação de Letícia Grala, professora de música da rede pública municipal de Florianópolis, com sua aluna Gabriela, Ventura, de apenas 13 anos.

Foram marcantes e característicos do evento a pluralidade, a diversidade, a inclusão, a coexistência das diferenças e dos/as diferentes, a representatividade, a colaboração, a valorização e o reconhecimento dos diversos saberes, práticas, formas de criar, ser e estar, na música e no mundo das mulheres da música em SC.

 

Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras – Florianópolis/SC

A Mostra Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras é um evento de alcance internacional e que integra uma rede global de mulheres na música que se fortalece cada vez mais. A edição da Sonora em Florianópolis/SC surgiu para dar visibilidade à presença das MULHERES COMPOSITORAS no meio musical catarinense, reconhecendo e mapeando sua produção musical autoral em todas as vertentes musicais existentes no nosso estado. Além das apresentações das compositoras inscritas na Mostra de Palcos, abrimos inscrição também para as intérpretes em SC, por entendermos que as intérpretes são multiplicadoras das composições, e tivemos a participação de 4 delas.  O evento ainda contou com um fórum temático abordando questões relevantes – como educação musical e gênero, acessibilidade às composições de mulheres, reflexões sobre o que já alcançamos em representatividade de mulheres na música em SC – e uma mostra audiovisual com documentários e videoclipes sobre mulheres criadoras, compositoras e intérpretes em SC. Um ponto muito especial e comovente de nosso evento e do Fórum, foi a apresentação de Letícia Grala, professora de música da rede pública municipal de Florianópolis, com sua aluna Gabriela Venturi, de apenas 13 anos de idade.

 

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Foto: Chris Mayer

 

 

foto-camila-dura%cc%83es-zerbinattiCamila Durães Zerbinatti

Nasci em São Paulo, onde comecei a amar a música ouvindo meu pai cantar, minha mãe cantarolar e adorando escutar um par de fitas cassetes e LPs vezes sem fim. Comecei a estudar música com Fátima Viegas e continuei meus estudos de piano com o mestre Armando Fava Filho. Me apaixonei pelo violoncelo quando o vi na apresentação de uma orquestra jovem no salão da Igreja São Francisco, Jaguaré. Não sei o porquê nem como, mas senti que queria muito tocar aquele instrumento, e aconteceu! Fiz licenciatura em música na USP, pós-graduações em música contemporânea e curso técnico em violoncelo na UFRN, me tornei mestra em musicologia-etno-musicologia na UDESC, continuando as pesquisas sobre música contemporânea e performance para violoncelo. Neste caminho descobri as mulheres compositoras e me descobri mulher e feminista. Sou educadora há 14 anos, trabalhando na educação infantil e instrumental, de crianças, jovens, adolescentes e adultos. Sinto que as coisas acontecem todas juntas: tocar, aprender, criar, educar, descobrir, sentir, pensar, pesquisar, vir a ser quem sou – aqui e agora, num fluxo contínuo.

 

flora_2Flora Holderbaum

É violinista, pesquisadora, compositora e poeta dos parêntesis. Seu trabalho envolve pesquisa e prática com poesia sonora, arte sonora e música instrumental. Faz parte do núcleo de Sonologia da USP, onde é doutoranda em Processos de Criação Sonora. Tem apresentado trabalhos em diversos eventos e locais no Brasil, entre eles a II Bienal de Curitiba (PR), EIMAS (MG), ENCUN (RJ-SP)e FIME (SP).

 

taniameyerTania Meyer

59 anos de idade, natural de Santa Maria/RS residente em São José/SC há 27 anos, compositora, cantora, atriz, contadora de histórias, pertence a Academia Brasileira de Contadores de Histórias- ABCH, com sede em Florianópolis, ocupando a cadeira de número sete, é professora no Instituto Federal de Santa Catarina-IFSC há 19 anos, trabalha com o coral e o teatro no ensino técnico integrado ao ensino médio. Atualmente está fazendo uma Especialização de Gênero e Diversidade na Escola – GDE de Ensino a Distância na Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, o trabalho desenvolvido trata sobre a transexualidade.