Relato de Processo do Sonora Floripa SC – Ciclo Internacional de Compositoras
Sonora Floripa SC (representada por Camila Durães Zerbinatti, Flora Holderbaum e Tânia Meyer)
Neste relato pretendemos compartilhar, a partir de nossas subjetividades, diferenças e semelhanças, um pouco do que foi o processo de mobilização, elaboração, construção e organização do Sonora Floripa SC, compartilhando os saberes e práticas vividos e construídos coletivamente neste processo.
A edição da Sonora em Florianópolis/SC surgiu para dar visibilidade à presença das MULHERES COMPOSITORAS no meio musical catarinense, reconhecendo e mapeando sua produção musical autoral em todas as vertentes musicais existentes no nosso estado. Além das apresentações das compositoras inscritas na Mostra de Palcos, abrimos inscrição também para as intérpretes em SC, por entendermos que as intérpretes são multiplicadoras das composições.
O evento ainda contou com um fórum temático abordando questões relevantes – como educação musical e gênero, acessibilidade às composições de mulheres, reflexões sobre o que já alcançamos em representatividade de mulheres na música em SC – e com uma mostra audiovisual com documentários e videoclipes sobre mulheres criadoras, compositoras e intérpretes em SC. Um ponto muito especial e comovente de nosso evento e do Fórum, foi a apresentação de Letícia Grala, professora de música da rede pública municipal de Florianópolis, com sua aluna Gabriela, Ventura, de apenas 13 anos.
Foram marcantes e característicos do evento a pluralidade, a diversidade, a inclusão, a coexistência das diferenças e dos/as diferentes, a representatividade, a colaboração, a valorização e o reconhecimento dos diversos saberes, práticas, formas de criar, ser e estar, na música e no mundo das mulheres da música em SC.
Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras – Florianópolis/SC
A Mostra Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras é um evento de alcance internacional e que integra uma rede global de mulheres na música que se fortalece cada vez mais. A edição da Sonora em Florianópolis/SC surgiu para dar visibilidade à presença das MULHERES COMPOSITORAS no meio musical catarinense, reconhecendo e mapeando sua produção musical autoral em todas as vertentes musicais existentes no nosso estado. Além das apresentações das compositoras inscritas na Mostra de Palcos, abrimos inscrição também para as intérpretes em SC, por entendermos que as intérpretes são multiplicadoras das composições, e tivemos a participação de 4 delas. O evento ainda contou com um fórum temático abordando questões relevantes – como educação musical e gênero, acessibilidade às composições de mulheres, reflexões sobre o que já alcançamos em representatividade de mulheres na música em SC – e uma mostra audiovisual com documentários e videoclipes sobre mulheres criadoras, compositoras e intérpretes em SC. Um ponto muito especial e comovente de nosso evento e do Fórum, foi a apresentação de Letícia Grala, professora de música da rede pública municipal de Florianópolis, com sua aluna Gabriela Venturi, de apenas 13 anos de idade.
Nasci em São Paulo, onde comecei a amar a música ouvindo meu pai cantar, minha mãe cantarolar e adorando escutar um par de fitas cassetes e LPs vezes sem fim. Comecei a estudar música com Fátima Viegas e continuei meus estudos de piano com o mestre Armando Fava Filho. Me apaixonei pelo violoncelo quando o vi na apresentação de uma orquestra jovem no salão da Igreja São Francisco, Jaguaré. Não sei o porquê nem como, mas senti que queria muito tocar aquele instrumento, e aconteceu! Fiz licenciatura em música na USP, pós-graduações em música contemporânea e curso técnico em violoncelo na UFRN, me tornei mestra em musicologia-etno-musicologia na UDESC, continuando as pesquisas sobre música contemporânea e performance para violoncelo. Neste caminho descobri as mulheres compositoras e me descobri mulher e feminista. Sou educadora há 14 anos, trabalhando na educação infantil e instrumental, de crianças, jovens, adolescentes e adultos. Sinto que as coisas acontecem todas juntas: tocar, aprender, criar, educar, descobrir, sentir, pensar, pesquisar, vir a ser quem sou – aqui e agora, num fluxo contínuo.
É violinista, pesquisadora, compositora e poeta dos parêntesis. Seu trabalho envolve pesquisa e prática com poesia sonora, arte sonora e música instrumental. Faz parte do núcleo de Sonologia da USP, onde é doutoranda em Processos de Criação Sonora. Tem apresentado trabalhos em diversos eventos e locais no Brasil, entre eles a II Bienal de Curitiba (PR), EIMAS (MG), ENCUN (RJ-SP)e FIME (SP).
Tania Meyer
59 anos de idade, natural de Santa Maria/RS residente em São José/SC há 27 anos, compositora, cantora, atriz, contadora de histórias, pertence a Academia Brasileira de Contadores de Histórias- ABCH, com sede em Florianópolis, ocupando a cadeira de número sete, é professora no Instituto Federal de Santa Catarina-IFSC há 19 anos, trabalha com o coral e o teatro no ensino técnico integrado ao ensino médio. Atualmente está fazendo uma Especialização de Gênero e Diversidade na Escola – GDE de Ensino a Distância na Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, o trabalho desenvolvido trata sobre a transexualidade.