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Operacional

Ata da reunião de 29/05/2017 – interna

  • Calendario:

– Grupo de estudos 05/06
– Vozes com Denise Garcia no dia 12/06
– Últimos dois encontros do semestre para conversar sobre organização do grupo: GE (19/06) e encaminhamentos para a própria rede (26/06).

  • Conversamos um pouco sobre a organização do grupo, tomadas de decisões, dinâmica de funcionamento, espaço da reunião, centralização, vínculos institucionais etc. A ideia é pensar os encontros a partir de textos. Recolhê-los pela lista de e-mails durante a próxima semana e fechar na reunião do dia 05.
  • Proposta de textos e escutas da Denise Garcia para o GE do dia 05: “Composição por metáforas” (livro Notas, atos, gestos, pp.53-76) + escuta de algumas das peças abordadas no texto e a a entrevista “Conversa com Denise Garcia” a Daniel Puig (Revista Linda, 2015, link: http://linda.nmelindo.com/2015/02/conversa-com-denise-garcia). Recolher outras sugestões pela lista de e-mails durante a próxima semana e fechar na reunião do dia 05.
  • Necessidade de pensarmos perguntas e questões a serem colocadas para a Denise Garcia na próxima edição da série Vozes.
  • Participar de algum encontro do Coletivo Feminista numa quinta-feira de junho (seguido de Quinta i Breja). Proposta para o dia 29/06.
  • Discutimos a importância de abordar novamente o tema da maternidade, e como abordar esse tema que não é diretamente ligado à música mas que traz uma discussão em torno da ideia de sociedade. Surgiu a ideia de juntar com um debate sobre educação musical infantil, e convidar a professora Teca de Alencar Brito. Falamos também sobre retomar a ideia dos projetos de criação (rádio, selo e repositório). E além disso, chamar a Antonilde para um Visões sobre feminismo interseccional no segundo semestre antecedido por um GE. Lembramos que a Janete ofereceu uma oficina de rádio.
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Operacional

Ata da reunião de 15/05/2017 – interna

Pauta

A reunião de hoje enfocou aspectos práticos. Um deles foi a futura ausência da Ariane devido à bolsa sanduíche que ela fará para Londres em breve.

  • Ariane se dispôs a nos ensinar a fazer flyers para os eventos. Para garantir, ela deixou um modelo neutro que pode ser adaptado pela rede nas ocasiões em que isso seja necessário.
  • Ariane também editou um vídeo da rede que estava disponível no youtube, ensinando-nos passo a passo. Foi apontado que há vários vídeos do início da rede que precisariam ser editados, pela má qualidade do som e outros fatores.

 

Outro item da pauta foi a edição passada da série Visões, com o evento “Visões Coletivas”.

  • Muitos pontos foram discutidos no evento e ficou a questão do que fazer com todas as ideias levantadas.
  • Foi lembrado que o próprio encontro realizado foi estimulado por um convite anterior do diretor da ECA aos coletivos, na semana de 8 de março, que acabou não ocorrendo naquela ocasião. Há uma expectativa da direção de que realizemos algo conjuntamente com os coletivos. Uma iniciativa seria organizar um fórum de discussões sobre questões relacionadas à opressão da mulher.

 

Alguns eventos passados que precisavam ser colocados no site da rede foram inseridos.

  • Cada pessoa colocou um evento para aprender a usar as ferramentas.

 

Calendário. Até o fim do semestre teremos 5 encontros: 29/5; 5/6; 12/6; 19/6 e 26/6. Com base neste cronograma, formulamos algumas sugestões a serem discutidas:

  • Ficou pendente, do semestre anterior, uma edição do Vozes com a compositora Denise Garcia. Foi sugerido um “pacote” de 2 encontros relativos a este evento: um GE contendo textos e escuta das obras dela, e uma edição do Vozes com a entrevista à compositora.
  • Outro assunto pendente foi a Organização da rede Sonora. Da mesma forma foi sugerido um pacote de 2 encontros: um contendo um GE com textos sobre organização de grupos, e uma reunião para debater o assunto.
  • Todos estes assuntos serão mandados na lista com pedido para que as respostas sejam dadas até o dia 22/5. Caso ninguém se oponha, o convite para a Denise será feito dia 23/5 pela Valéria.

 

Próxima reunião

Como no dia 22/5 não haverá reunião (há um evento do NuSon), o dia 29/5 ficará reservado para reunião operacional, seja de confecção do flyer do evento da Denise, ou para escolher outro tema (ou ainda, outra convidada).

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Visões

Ata da reunião de 8/05/2017 – Série Visões com Coletivos da ECA “Visões Coletivas”

“Visões Coletivas”

Esta edição da Série Visões reuniu 3 coletivos da ECA-USP para contar suas experiências e somar forças com a Sonora na empreitada de dar mais visibilidade, abrir espaços e romper barreiras para as mulheres. O primeiro coletivo a se apresentar foi a coletiva Vulva da Vovó, e seguiu-se com o Coletivo da ECA e o CALC – com enfoque no Núcleo Anti-opressão do centro.

Vulva da Vovó

Formada por 11 mulheres e 1 homem, tem foco nas artes cênicas. Têm o feminismo com método, o que inclui participar e montar peças de teatro de autores masculinos com olhar feminista. Feminismo interseccional – gênero, raça e classe – perpassa a poética desta coletiva, fazendo com que elas batalhem para levar as peças a localidades fora do centro onde peças deste tipo tem menos alcance.

Fazem eventos como o Festival Feminista, entre outros, em que divulgam outros braços da coletiva, como a editoração. Este ano será lançada a tradução de um texto de escritora latino-americana. A América Latina está no foco da coletiva.

Outro foco é o ambiente acadêmico, bastante machista e classista. A coletiva percebe o quanto as universidades públicas em geral – e a USP talvez mais do que a UNESP, por exemplo, pelo fato de ter cursos formatados em período integral impedindo alunxs de trabalhar – são hostis a grande parte da população.

Coletivo Feminista da ECA

Surgiu em 2013 durante uma greve da universidade. Criou-se uma iniciativa de empoderamento para discutir questões ligadas ao feminismo e à universidade. Este ano o coletivo está tentando retomar as atividades, uma vez que coletivos em geral estão um tanto desativados pelo viés político que representam.

O coletivo gostaria de reunir mais pessoas da ECA, não só alunas e tampouco de um curso específico. Elas estão preparando uma semana da arte feminista para unir pessoas interessadas no assunto.

Este ano elas fizeram uma intervenção na sala de um professor do curso de jornalismo, autor das fotos divulgadas de D. Marisa no hospital. Elas levaram a bateria da ECA e colaram cartazes sobre falta de ética, machismo e assédios em geral. O professor abriu um processo contra as alunas envolvidas no ato.

Dia 24/5 terá um sarau organizado por elas, entre outras atividades. Foi colocada a necessidade de ter mais integrantes para se envolver com as atividades.

É um coletivo auto organizado que se reúne semanalmente. O objetivo é acolher pessoas de todas as praias, ideias e posicionamentos, desde que tenham interesse em questões feministas.

CALC – Centro Acadêmico Lupe Coltrim

Entre os núcleos do centro há o Núcleo Anti-opressão, criado para proteger pessoas vulneráveis principalmente nos dias atuais. Agem conjuntamente com o Coletivo Feminista da ECA em muitas vertentes, pois as dificuldades são comuns. Elas entendem que o Movimento Estudantil as coloca um tanto quanto de lado e que seu enfoque é machista. Por esta razão se unem e se fortalecem.

A gestão atual iniciou-se em novembro. Tem sido particularmente difícil, desde o fechamento da prainha com grades visíveis e invisíveis. Elas colocam o fato de um aluno estuprador ter sido diplomado como mostra do descaso com as questões de vulnerabilidade das mulheres.

O CALC tem um núcleo de eventos. A Semana Emancipa foi um destes eventos, debatendo questões com pessoas de outras áreas da universidade. Nesta semana elas conheceram a Sonora, uma vez que tinha uma integrante falando da opressão da mulher na música. Também conheceram representantes do feminismo negro, LGBT, entre outras.

Na próxima semana elas tem um evento sobre Comunicação Pública.

Foi levantada a questão da neutralização de questões feministas pelos chamados “esquerdo-machos”, pessoas envolvidas com temáticas ditas “de esquerda” que, de certa maneira, zombam do discurso feminista.

Também foi mencionado o documentário “Precisamos falar sobre assédio”, cuja autora vai fazer, com o CALC, um evento de apresentação e discussão sobre o mesmo.

Debate

Uma integrante perguntou se o CALC já se envolveu com a questão do assédio entre professores e alunxs. Se já fizeram ações para defender o interesse de alunxs a partir de um canal de denúncias. A representante do Núcleo Anti-opressão disse que há iniciativas em andamento, sendo pensadas, mas que é difícil.

Foi perguntado o que é uma denúncia institucional. A mesma representante contou um caso sobre um processo de sindicância em que uma aluna abriu uma queixa e depois desistiu e o caso foi esquecido.

Nas artes cênicas isto é particularmente difícil, porque existe um discurso de que o professor de teatro deve incitar xs alunxs a se soltarem, a liberar o corpo, a “lidar com estas questões”. Neste contexto o assédio segue ocorrendo envolto num véu de “metodologia”.

Foi observado que o liberalismo também vem adotando discursos pseudo-feministas, aproveitando a recepção que o assunto alcança em termos de mercado. Artistas aparecendo mais, editais para criações voltadas ao gênero e outras iniciativas podem maquiar o cerceamento que as mulheres enfrentam o tempo todo da vida.

Foi mencionada a mudança que a USP está vivenciando no sentido de tornar a universidade cada vez mais propícia a pessoas que tem carro, com viés mais elitista. As grades da prainha fazem a comunidade dar uma volta enorme para chegar a certos departamentos da ECA, o que no caso das mulheres pode significar maior vulnerabilidade, principalmente a noite. A possível reforma da “vivência” é outro tema polêmico por não ser uma prioridade. Outras ações seriam mais urgentes e até mais simples, como a compra de lâmpadas para a Praça do Relógio, entre outras.

Uma pergunta relevante foi como estes coletivos atraem integrantes para suas atividades. O Coletivo Feminista já tinha mencionado os saraus, que costumam reunir muita gente.

Foi falado sobre a falta de experiência para lidar com denúncias, que providências tomar, que atitude cabe nestes casos. Muitas mulheres não querem que suas histórias sejam “invadidas”, ainda que seja para fortalecer a causa.

A idade também começa a pesar para algumas integrantes dos coletivos, no sentido de que os ambientes de trabalho demonizam pessoas envolvidas nestas práticas. Algumas apontam que enquanto eram estudantes se sentiam mais livres para agir, e que depois de formadas temem por seus empregos.

O encolhimento dos espaços de convivência estudantil foi apontado como colaborador da dificuldade dos coletivos de atrair pessoas interessadas. Cada vez mais xs alunxs ficam fechadxs na sala de aula. Neste sentido a questão das grades corroboram com o afastamento em geral.

Isto se liga diretamente à questão do produtivismo. Na pós-graduacão, especialmente, alunxs tem muita demanda e ela dificulta outras áreas de atuação.

A questão das cotas foi aventada. O CALC disse que a luta por cotas sempre foi presente, mas ainda não computam muitos resultados favoráveis. O assunto está bem mais pautado, há comissões que representam a pauta, porém ainda não atingiram muitos objetivos práticos. Na música as cotas esbarram no exame de aptidão.

O eurocentrismo também é um cânone arcaico que se perpetua e é excludente. Esta é uma outra batalha a ser travada. A representante da Vulva da Vovó se ofereceu para compartilhar textos latino-americanos para reflexão.

Foi sugerida a ideia de redigirmos um documento coletivamente, propondo as mudanças que foram mencionadas como urgentes neste evento.

De modo geral, todxs ficaram muito felizes com este encontro dxs coletivxs. Houve uma empatia muito grande e aflorou um enorme desejo de atuar coletivamente.

 

 

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Visões

Visões Coletivas (Divulgação)

 

Sonora convida para mais uma edição da série Visões na próxima segunda-feira, 08/05, às 17h30. Nesse encontro reuniremos três coletivos para falarem de seu funcionamento, pautas, ações e posicionamentos: Coletivo Feminista da ECA, Núcleo Anti-Opressões do CALC e Coletiva Vulva da Vovó. Todos eles estão ligados de algum modo à Escola de Comunicações e Artes da USP, e esse encontro faz parte do desejo de pensar coletivamente as questões de gênero dentro da escola.

O Coletivo Feminista da ECA é uma entidade auto-organizada representativa de todas as Ecanas, alunas e funcionárias. Através de reuniões semanais e debates promovem: rodas de conversas, saraus, atos, oficinas, reviradas feministas e eventualmente estabelecem parcerias com outros coletivos e entidades da USP. Visando sempre o empoderamento feminino e a equidade de gênero dentro e fora da universidade e em demais espaços sociais.

O Núcleo Anti-Opressões do CALC, na gestão 2017, nasce como mais um dos núcleos da organização interna do Centro Acadêmico. Encabeçado por duas diretoras, mas encaminhado por todas as mulheres da gestão, ele surge para impulsionar os já existentes coletivos auto-organizados da ECA e, também, para pensar em iniciativas próprias.

A Coletiva Vulva da Vovó  nasceu em dezembro de 2014 do encontro de pessoas interessadas na produção e difusão da cultura feminista através de um fazer artístico livre, transversal e autônomo. Entre nossas principais ações se destacam  a realização do Festival Autônomo Feminista que terá sua 4ª edição em 2017, e o espetáculo teatral Sobre as Baleias, que estreou em 2016 e trata da luta das Mães de Maio em São Paulo e das Mães e Avós da Praça de Maio, na Argentina.